Política municipal de atenção à doença celíaca é proposta por Ana Genezini



Vereadora discursou sobre o tema no plenário da Câmara e espera uma ação integrada entre diferentes órgãos para implantação do programa

Durante o discurso livre da 4ª Sessão Ordinária, realizada na noite dessa terça-feira 26, a vereadora Ana Genezini (PTB) propôs a implantação de uma política municipal de atenção à doença celíaca, a fim de oferecer assistência aos portadores da doença e facilitar o tratamento. A proposta ainda será apresentada de forma oficial e é uma iniciativa da vereadora em conjunto com a presidente da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), Lucélia da Silva Costa.

A doença celíaca atinge cerca de 1% da população mundial e caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten, complexo de proteínas encontrado em cereais como trigo, centeio, cevada, aveia e em subprodutos desses grãos. A disfunção ataca o intestino delgado de pessoas geneticamente predispostas à doença, dificultando a absorção dos nutrientes dos alimentos e causando inúmeros problemas. O único tratamento à doença celíaca é a alimentação isenta de glúten.

Para instalar no município um programa eficiente para o controle da doença, Ana Genezini sugere a realização de uma ação intersetorial, de modo que as secretarias de Saúde, Educação e de Assistência Social realizem atividades independente dentro do programa municipal.

De acordo com a vereadora, a secretaria de Assistência Social e a secretaria de Saúde se responsabilizariam pelo fornecimento de alimentação sem glúten aos celíacos, através dos programas “Armazém da Saúde”, distribuidor de alimentos sem glúten; “Cozinha Comunitária Especial de Receitas Fáceis”, que ensinaria meios de baratear a produção caseira de alimentos sem glúten; e a “Cesta Básica Especial de Produtos Sem Glúten”, distribuição emergencial de cestas básicas adaptadas aos celíacos. Enquanto a secretaria de Educação estabeleceria o programa “Alimentação Escolar Inclusiva”, com a distribuição de merenda escolar própria ao celíaco, e criaria um protocolo na rede municipal de ensino para atendimento e assistência aos alunos portadores da doença.

Para facilitar o desenvolvimento da ação, a parlamentar já começou a estudar parcerias com o comércio local, em especial com a “Casa e Sabor”, loja especializada na venda de produtos naturais. A pretensão é que tais estabelecimentos forneçam alimentos para a composição das cestas básicas e outros programas da política municipal de atenção à doença celíaca.

“A doença celíaca é uma doença pouco comentada, mas atinge grande parte da população; o município pode ser o pioneiro na implantação de uma política voltada à doença, e seria subsidiado por recursos federais, ou seja, tem tudo para acatar essa iniciativa”, afirmou Ana Genezini.


Conheça a doença

A Doença Celíaca é autoimune, causada pela intolerância permanente ao glúten e que se expressa por enteropatia mediada por Linfócitos T, em indivíduos geneticamente predispostos, podendo surgir em qualquer idade. O único tratamento existente é uma rigorosa dieta sem glúten por toda a vida, que caso não seguida pode desenvolver inúmeros problemas de saúde ao celíaco como: osteoporose, diabetes, epilepsia, infertilidade, câncer, dentre outros.

Os celíacos apresentam inúmeros sintomas que caracterizam a disfunção, como diarreia, prisão de ventre, perda de peso e fadiga, dores e distensão abdominal, enjoo, atraso de crescimento em crianças, anemia por carência de ferro, osteoporose, carência de vitaminas e minerais, amenorreia (ausência da menstruação), problemas de tireoide, doença imunológicas como diabetes tipo 1 entre outros.

Para diagnosticar a doença vários exames podem ser realizados pelo SUS, como testes sorológicos para dosar os anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase e a endoscopia digestiva com biópsia do intestino delgado (duodeno) para confirmação do diagnóstico.

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